Entidade Sindical Representativa da Categoria – Base Territorial Nacional Fundada em 10/05/1992
Registro no Mtb/AESB sob nº 24.000.04848/92 Código da Entidade Sindical nº 005.371.000-0 – CNPJ/MF 71.742.126/0001-80

FENATEST 26 anos

A FENATEST completa 26 anos no dia 10.05.2018, com uma história indesejável de ser contada, porém estamos encorajados a fazer esta revelação, na esperança de que sirva como base para um futuro construtivo e de melhoria continua na valorização e auto-estima da nossa importante categoria profissional dos Técnicos em Segurança do Trabalho.

Existe uma “máxima” que afirma que um povo que não conhece sua história, especialmente nos pontos positivos e negativos, tende a não incorporar o sentimento de unidade, ficando exposto a “enterrar” as boas práticas e repetir os mesmos erros, portanto não merecendo respeito.

Convém lembrar que a nossa organização sindical é legalmente constituído de sistema federativo, composto na base por sindicatos. Em 1º plano os Sindicatos, 2º plano as Federações e em 3º plano as Confederações. No caso dos Técnicos em Segurança do Trabalho, esta hierarquia sindical conta com Sindicatos Estaduais, Federação Nacional – FENATEST e (por adesão) a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comercio e Serviços– CNTC.

A fundação da FENATEST deu-se em 10.05.1992, em Vitória – ES, por iniciativa de dirigentes sindicais dos Estados de SP, ES, BA, MG, RJ e SE, e observa-se que a maioria dos dirigentes fundadores em sua primeira composição afastou-se da direção desta Federação ao longo deste tempo, por limitações pessoais e/ou por divergir do reduzido grupo dominante ao longo dos primeiros 22 anos desta entidade.

Eu, Armando Henrique, assumi a presidência da FENATEST em 2013, por transposição, com o afastamento do antigo presidente, e em 2014, por eleição com a atual Diretoria, depois de 12 anos de traumática articulação e enfrentamentos por nós encabeçados e adesão sindicatos descontentes com a situação, quebrando o ciclo de domínio do dito grupo dominante – rotulado de 1ª via.

Em 2013, nos deparamos com uma dura realidade, visto que após 21 anos de existência, a FENATEST não dispunha sequer de um escritório, toda a documentação irregular e a categoria dividida por sindicatos leais ao grupo dominante (1ª via), e por outro lado os sindicatos que lutavam por mudanças, predominando os conflitos e desmotivação, mediante uma limitação de recursos financeiros e má gestão administrativa, cujos dados básicos são objetos de processo tramitando na Justiça (grupo este que representamos rotulado de 2ª via).

Neste momento surgiu um grupo (auto dominado de 3ª via), composto por dirigentes que não se encorajaram em fazer parte dos conflitos, entre os grupos 1ª e 2ª vias, adotando uma política de “em cima do muro” à espera de sobras, que neste momento se juntam com o que sobrou da 1ª via para fazerem oposição ao grupo 2ª via que representamos.

O fato novo no momento é um grupo de novos dirigentes que não foram contemporâneos dos conflitos do passado, disputados para obtenção de apoio a eleição de 2018 pelo grupo “salada das 1ª fundiu-se com a 3ª via” para fazer oposição a “2ª via considerada situação no momento.

Neste momento está caracterizado novo grupo dos novos presidentes (4ª via), que certamente estarão com grande força para influenciar no resultado, com grande risco de trocarem a emoção pela razão baseado em discursos.

Quando em 2014, compramos o 1º computador, fato este que recebemos elogios e nos fez refletir se temos motivos para comemorar naquele momento o aniversário de 22 anos da FENTATEST, ou manifestar decepção pela inoperância neste período. Sabendo que a maioria dos TSTs não conhece esta verdadeira historia, certamente julgam que a atual diretoria é “farinha do mesmo saco”.

Com a nova gestão, nos últimos 4 anos de 2014 à 2018, foram concentrados esforços para estruturação da Federação, na construção de uma base de dados administrativos e legalização da instituição, instituído um moderno programa de gerenciamento sindical, resultando em crescimento de 400% de todos os indicadores de resultados, registrados e divulgados em pelo menos 32 quesitos.

Vivenciando o histórico da nossa organização sindical, estamos absolutamente convencidos que sofremos da mesma “síndrome” presente em grande parte do sindicalismo brasileiro e da política partidária, ou seja, o domínio de grupos de suposta representação reduzidos com base em manobras antidemocráticas, com discursos fáceis e gestão irresponsável.

Em nosso meio contamos com exemplos de pessoas que ao terem participado de um fórum como convidado espectador, e alimenta por mais de 10 anos nos discursos de palanque como pai da iniciativa “papagaios-de-pirata”, subestimando os desavisados, – por outro lado verdadeiros gigantes em competências e realizações mantém-se no anonimato, tratando-se de fenômeno social presente em nossa categoria e requer o desafio sobre como lidar com estas situações.

A atual Diretoria da FENATEST teve como meta inicial minimizar o risco de se repetir o monopólio do passado, com a reforma do Estatuto, limitando a uma reeleição para os mesmos cargos, apesar da resistência do grupo dominante do passado, resultando na realização de 3 assembléias e muitos conflitos para atingir este objetivo, com a resistência dos dirigentes cúmplices da gestão anterior fracassada.

Relutamos em fazer este relato, omitindo esta banda negativa, porém o estamos fazendo na condição de atores socialmente responsáveis, entendendo que a Federação não é propriedade de um grupo limitado ou deva atender a interesses individuais de pessoas isoladas. Neste momento com o compromisso em atender a consolidação da estrutura desta Federação, lidar com as angustias e carência da maioria dos nossos sindicatos filiados, não deixar prosperar a contaminação de tendências de interesses ideológicos e individuais que não agreguem valores para promover as condições dignas para nossos representados, em evolução continuada, focado na defesa dos 430 mil TSTs formados, dos quais 115 mil atuando na profissão, todos cadastrados na base de dados da FENATEST, que certamente esperam ser bem representados e de forma focada.

Conclusão: Apesar das limitações, estamos convencidos de que estamos finalmente caminhando a passos largos para um modelo que represente a unidade de ações e fortalecimento da categoria dos Técnicos em Segurança do Trabalho, conquistando a força que sabemos possuir, e dependendo da ordem em nossas organizações representativas, conquistando a confiança das bases, com conseqüentes filiações e adesões aos sindicatos, condição base para uma boa representatividade sindical.

Uma das mais importantes realizações da atual diretoria da FENATEST, foi a realização de um seminário de Formação Sindical para nossos dirigentes, na modalidade EAD, cuja chamada do seminário foi CONHECER PARA DECIDIR. Portanto, a escolha dos nossos dirigentes é muito mais que apenas relações pessoais individuais. Ela é decisiva para o destino dos 430 mil trabalhadores que representamos.

ARMANDO HENRIQUE
Presidente – FENATEST